Nos projetos, os arquitetos incorporaram soluções sustentáveis para poupar recursos naturais e promover conforto aos moradores
As cidades e construções ao redor do mundo não estão preparadas para lidar com as graves ondas de calor, enchentes, tempestades e outros fenômenos que são consequências do aquecimento global. É o que afirma o relatório Mudança Climática 2022: Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado no início de março deste ano.
O documento diz ainda que, para proteger os residentes, o projeto ou a reforma de uma casa precisa de estruturas que a tornem mais resiliente ao clima. Mas para alguns arquitetos e moradores, essa preocupação já é uma realidade.
Selecionamos três casas brasileiras, do cerrado goiano à maior cidade do país, que se adaptaram às mudanças climáticas e adotaram soluções sustentáveis. Confira:
1. Ventilação natural e proteção contra queimadas espontâneas
Na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, a casa assinada pelo escritório brasiliense Bloco Arquitetos é adaptada ao calor e aos incêndios naturais do cerrado. Além da estrutura metálica e dos blocos de adobe, que ajudam na estabilidade térmica, o projeto conta com ventilação cruzada para manter os ambientes sempre frescos.
Com o objetivo de proteger a residência das queimadas espontâneas que acontecem na região, ela é contornada por um aceiro, uma área descampada que interrompe o caminho do fogo. Para conhecer o projeto completo, clique aqui.
2. Economia de energia e água
O escritório de arquitetura 23 Sul implantou várias soluções que poupam o consumo de energia e água nesta casa, que fica no bairro paulistano Pompeia. Com a integração entre os ambientes internos e externos, somada às duas claraboias, o projeto ganhou luminosidade e ventilação naturais.
A residência também tem um sistema de aquecimento solar e geração de energia via placas voltaicas. Para completar, uma cisterna coleta a água da chuva. Veja outras ideias sustentáveis aplicadas pelos arquitetos neste projeto.
3. Integrada à vegetação
A Casa Macaco ocupa a menor área possível do terreno, localizado em uma região de Mata Atlântica perto de Paraty, Rio de Janeiro. Para não causar danos à vegetação nativa, a construção conduzida pela Hybrida Production não utilizou maquinários e removeu o mínimo de terra.
O projeto assinado pelo Atelier Marko Brajovic inclui um biodigestor, que trata o esgoto e devolve a água limpa para a terra, além de um sistema de captação de energia solar. Para saber mais sobre a casa e o conceito de biomimética aplicado pelo escritório de arquitetura neste projeto, leia a matéria completa.
Fonte: Casa Vogue