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Com fácil manuseio e sustentabilidade através do sequestro de carbono, a madeira engenheirada tem conquistado espaço em vários segmentos da construção, e agora, torna-se opção para os parques logísticos. Acompanhando a tendência global e engajado em estimular a ecoinovação e descarbonização do setor, o Grupo Monto, em parceria com a Brookfield Properties, desenvolveu um novo formato construtivo estrutural para algumas das áreas de um novo centro logístico, visando e reduzir os impactos ambientais no local.
A solução é uma estrutura de madeira engenheirada e arquitetônica, material que vem ganhando espaço no exterior, mas ainda com pouco registro de sua utilização em parques logísticos no Brasil. O uso da madeira vem sendo estudado como um método eficiente e sustentável, provando-se resistente e ganhando espaço em obras pelo mundo.
No Brasil, construir com concreto ainda é quase uma tradição. Suas vantagens construtivas e seu baixo custo são um grande atrativo para a construção civil. Devido à falta de conhecimento sobre a madeira, muitos acreditam que seu uso aumenta os índices de desmatamento. Todavia, conforme a WWF Brasil (Fundo Mundial da Natureza), instituição de conservação global, associar as construções em madeira com o aumento do desmatamento no Brasil é um equívoco, já que isso ocorre devido às atividades que são se enquadram em construção.
A madeira é um recurso natural, com possibilidade de regeneração e uma fonte inesgotável, desde que seu uso seja feito de forma racional, com políticas e controles para evitar a devastação, além de impulsionar o equilíbrio ecológico. Segundo a Crossland, empresa especializada em soluções e pro dutos de engenharia, pioneira na produção e montagem de painéis de CLT e LVL no Brasil, a madeira engenheirada é um material de alta performance e altamente industrializado, no qual todas as usinagens são feitas dentro de centros robóticos onde as conexões são previamente desenvolvidas e assembladas nos componentes. Além da facilidade de manuseio, o material colabora para reduzir a pegada de carbono, enquanto 1 m³ de madeira engenheirada de eucalipto captura cerca de 1 tonelada de CO², 1 tonelada de ferro emite cerca de 930 kg de CO². Sendo assim, o uso da madeira alinha-se com as diretrizes globais para descarbonizar o setor e com as metas do ESG (Environmental, Social and Corporate Governance – Governança Ambiental, Social e Corporativa).
VANTAGENS DA MADEIRA ENGENHEIRADA
O projeto do Grupo Monto para a Brookfield, por exemplo, conta com a área construída total de 147.503,53 m², sendo 1.688,44 m² feitos com cobertura de madeira de eucalipto da variedade Grandis, material 100% renovável e originário de florestas plantadas certificadas. Seu uso gerará 50 toneladas de crédito de CO², sem contar com a quantidade de carbono que deixará de ser emitido por conta da diminuição do uso de outros materiais.
A madeira engenheirada possui uma baixa manutenção quando comparada com outros sistemas construtivos, garantindo uma edificação longeva mediante um bom projeto.
Além dessas características, como qualquer sistema industrializado, o uso da madeira engenheirada ajuda também no controle e dimensionamento dos cronogramas, proporcionando avanços visíveis principalmente em obras de grande porte. Outra vantagem importante é a estrutura mais leve, enquanto a densidade média do concreto é de 2.500 kg/m³, o da madeira engenheirada de eucalipto é de 650kg/ m³, um ganho visível para edifícios verticais.
Além dos benefícios estruturais e ambientais, por ser um elemento natural, a madeira proporciona uma sensação de bem-estar para os ocupantes, preocupação importante para ambientes corporativos. Para o Grupo Monto, o uso de recursos renováveis na construção civil é inevitável, e com o avanço da tecnologia, prova-se cada vez mais que o uso de materiais naturais é uma ótima solução construtiva, não só para residências como também para qualquer tipo de edifício, incluindo os parques logísticos.
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AUTORES
Eder Brito
Coordenador de Projetos
Victória Borges Dal Prá
Analista de Marketing
Renato Simonsen
Diretor Comercial Crosslam
Sandra Nakahara
Gerente de Engenharia